Utilização de medicamentos pode agravar os casos de dores de cabeça
Utilização de medicamentos pode agravar os casos de dores de cabeça

 
Sabe aquela dorzinha de cabeça... Cuidado! Ela aparece do nada. Irrita, desconcentra, mas um analgésico, acaba resolvendo. Problema é quando ela volta no dia seguinte, no outro e no outro. Pode não ser nada e pode ser uma coisa grave.

Desde um “micro” AVC a um tumor no cérebro, passando por outras origens. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, 95% da população apresentará uma dor de cabeça ao longo de sua vida.

Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens apresentam pelo menos um episódio de cefaleia ao mês. A enxaqueca ocorre em até 20% das mulheres.

“Existem mais de 150 formas de dores de cabeça, sendo que a mais frequente é a cefaleia tensional, que representa 70% das enfermidades, são aquelas que decorrem do stress, da correria da vida. Os outros 30% são divididos em primárias e secundárias. O primeiro caso são aquelas cuja origem ainda não se sabe, já as secundárias,é quando o sintoma é secundário a outra doença, como nos casos de aneurismas, tumores cerebrais e infecções,” explica o neurologista, Antonio Andrade.

De acordo com ele, existem formas de identificar quando uma dor de cabeça é apenas um incomodo ou está relacionado a algo mais grave e precisa de investigação imediata.

“As dores de cabeça tensionais tem sempre essa característica, de aparecerem em indivíduos  estressados, após um longo dia de trabalho, ou um problema emocional. Quando você é uma pessoa que não costuma ter dores de cabeça e de repente começam a ocorrer formas agudas do problema, pode ser uma dor que atinja toda a cabeça, ou que cause dormência em metade do corpo, queda da pálpebra, ou seja, que informe sinais neurológicos juntos, é sinal de que algo está errado. Quando essa dor de cabeça vem acompanhada de febre ou após um trauma, também é preocupante e merece investigação,” conta.

O neurologista explica ainda que existe outro tipo de dor de cabeça, causada, impressionantemente, pelos medicamentos usados contra a patologia. Ainda segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, um total de 13 milhões de brasileiros sofre com o problema que costuma pelo menos 15 dias por mês, são as chamadas cefaleias crônicas diárias.

“Cerca de 5% das dores de cabeça surgem a partir do uso de medicamentos livres, é aquela coisa, toma o remédio para dor e a dor sumiu. O uso de analgésicos, relaxantes musculares, bebida alcoólica, tudo isso pode levar a uma forma de dor de cabeça que é a chamada cefaleia crônica. É um tipo de patologia que dói muito, dura cerca de 15 dias, e a pessoa pode chegar a ter náuseas,” diz Antonio Andrade.

Cerca de 2% da população faz uso de analgésico diariamente para ajudar a combater a dor, são dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia. De acordo com Andrade, o tratamento da doença deve ser feito de forma acompanhada e através de medicação passada a partir de um diagnostico singular.

“O tratamento da doença é uma coisa importante. Se faz a prevenção, a partir de medicamentos abortivos, com apoio psicológico, alimentação controlada, já que algumas comidas tem ligação direta com as enxaquecas, como os queijos, enlatados, bebidas de fermentação, chocolate, entre outros, além da investigação de aspectos ambientais, como os cheiros, que podem estar causando a dor de cabeça. Além disso, nos casos graves, como as cefaleias secundarias, é preciso descobrir a causa do problema, para dar ao individuo, a possibilidade de cura,” revela o neurologista.


Fonte: Tribuna
 
 
 
 
 
 
 
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