O exame de termografia por infravermelho, feito por meio da captação do calor emitido pelo corpo, é uma novidade no país, e recentemente começou a ser aplicado em algumas cidades brasileiras, entre elas São Paulo e a capital gaúcha.
A técnica permite identificar disfunções e reconhecer doenças antes mesmo que os primeiros sintomas apareçam. Utilizado desde a década de 1990 nos Estados Unidos, esse exame vêm se mostrando um excelente aliado na detecção e prevenção de complicações que vão de contraturas musculares até o câncer de mama.
O empresário Milton da Silva Ignácio, 62 anos, é um dos porto-alegrenses que já se beneficiou com a nova técnica. Há mais de 10 anos sofrendo com dores nas pernas, Ignácio havia desistido de achar a causa do problema. Depois de ter sido desencorajado por médicos de diversas especialidades, que afirmavam não encontrar os motivos para o incômodo, o empresário teve que abrir mão inclusive do seu hobby preferido, o futebol.
A consulta com a médica Luciane Balbinot, vice-presidente da Associação Brasileira de Termografia (Abraterm), parecia ser mais uma tentativa frustrada de encontrar a causa do problema. Entretanto, a imagem gerada pelo exame mostrou uma diferença na temperatura emitida por algumas regiões das pernas de Ignácio, identificando os pontos de contratura que já há muito tempo vinham incomodando o paciente.
Exame deve ser aplicado por especialistas A captação da imagem termográfica é um procedimento indolor e não invasivo. Consiste em uma foto tirada por uma câmera especial, que mapeia o corpo do paciente pela quantidade de calor emitida por cada região. Como a temperatura é um dos cinco sentidos vitais do ser humano — junto com o pulso, a pressão arterial, a frequência respiratória e a dor — qualquer alteração no equilíbrio térmico do corpo é um sinal de que algo não está bem.
O exame identifica a provável origem da dor. É muito aplicado no tratamento e monitoramento de câncer, disfunções vasculares, hérnias, tendões, lesões musculares e na ortopedia em geral.
Apesar de ter sido introduzido recentemente no país, a ideia é que a termografia se torne um procedimento de triagem comum em hospitais, consultórios e postos de saúde. Por não emitir nenhum tipo de radioatividade e não oferecer risco ao paciente, ele pode ser aplicado em qualquer pessoa.
Fonte: clicrbs.com.br