A dor lombar é a segunda maior causa de visita de pacientes aos médicos, só perde para a dor de cabeça. O problema atinge mais de 80% da população mundial, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), e representa prejuízos financeiros para as empresas (é a maior causa de afastamento do trabalho em pessoas com menos de 45 anos), para o governo (em 2012, mais de 116 mil pessoas receberam auxílio-doença por esse motivo) e para os que sofrem com o problema (cansaço, desânimo e até mesmo estágio depressivo).
A lombalgia pode chegar como uma dor intensa. Nesses casos, o médico neurocirurgião, Joel Teixeira, especialista no trato da dor, recomenda que o paciente evite se mover, tome um analgésico e, não melhorando, procure um médico. As razões para os problemas na região lombar podem estar ligadas a dor do disco intervertebral (essa teoria é recente), hérnia de disco, dor das articulações entre as vértebras, dor da articulação sacroilíaca, cólica renal, infecção renal, fratura de coluna, tumores, infecção na coluna – os três últimos casos são mais raros, precisam ser observados por serem doenças mais graves.
As chamadas dores nas costas podem ser originadas por traumatismos pelo movimento crônico ou momentâneo como carregar peso, torções, posição profissional; doenças reumáticas, envelhecimento, infecção dos discos intervertebrais. É preciso observação, pois o desencadear de ataques repetidos pode levar à espiral de declínio, na qual a pessoa não consegue se levantar por causa da dor, o que enfraquece os músculos e as articulações. Para esses casos, Joel Teixeira recomenda "que se identifique qual é o problema e o tratamento mais adequado. Não dá para generalizar, cada caso é um caso", explica.
Existem estudos que indicam uma série de medidas preventivas que sugerem mudanças no estilo de vida, órteses de calçados, cintos para as costas e vários tipos de programas de exercícios. Contudo, na opinião de Joel Teixeira, "não é conveniente sobrecarregar as pessoas com tantas informações, visto que já têm muitas preocupações no dia a dia. Até mesmo os exercícios, que sempre são bem-vindos para a saúde como um todo, devem ser feitos com orientação profissional para que não venha a causar traumatismos em qualquer parte do corpo", lembra.
O principal é sempre procurar a opinião de um médico especialista para obter o diagnóstico correto e o melhor tratamento. "Se possível avalie o especialista previamente em vista dos resultados positivos obtidos com outros pacientes", recomenda Joel Teixeira.
Fonte: Exame