Estudo divulgado no último domingo (20) mostra que é possível que a tolerância à dor, que varia conforme os indivíduos, pode estar conectada à existência de certos genes. Os dados foram divulgados pela Academia Americana de Neurologia.
Os cientistas avaliaram mais de 2,7 mil pessoas diagnosticadas com dor crônica. Eles tomavam opiáceo (um tipo de analgésico) e relataram sua percepção á dor em uma escala de zero a 10. Quem identificou sua dor como zero foi descartado do estudo. As outras classificações foram: de 1 a 3, pouca percepção à dor; de 4 a 6, percepção moderada; 7 a 10 alta percepção à dor.
Apenas 9% dos participantes tinham baixa percepção, enquanto 46% tinham moderada e 45%, alta.
O gene DRD1 estava presente em nível 33% maior no grupo de baixa percepção. Entre os de percepção moderada, os genes COMT e OPRK apareciam com uma frequencia entre 19 e 25% maior. Já os com alta percepção apresentavam o gene DRD2 em um nível 25% maior.
"A dor crônica afeta nosso dia a dia", disse Tobore Onojjighofia, autor do estudo e membro da Academia Americana de Neurologia. "Achar os genes que atuam nessa percepção pode ajudar a encontrar terapias e auxiliar médicos a entenderem melhor os pacientes."
Fonte: http://www.jb.com.br/